quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Venha para o nosso jantar-baile de aniversário....



Os 21 anos do Amaranto

         Foi no dia 04 de novembro de 1993 que foi escrita a primeira ata, a ata de fundação do CTG Amaranto Pereira, num ponto comercial da atual Av. Hermínio Rodrigues Machado..... 

         Vinte e um anos depois, no dia 08 de novembro, no seu galpão de eventos, o CTG vai realizar o grande jantar-baile de aniversário que terá a animação do Grupo Os Tchê Véios. Contatos pelo fone (51) 8573-5843 com o patrão Orlando Kunzler ou ainda pelo fone (51) 9149-0107. O CTG fica na Rua Celso Lemes da Silva, 520, no Jardim Algarve.

domingo, 31 de agosto de 2014

Venha para o nosso Jantar-Baile de Formatura de Fandango....

O CTG Amaranto Pereira, em parceria com a Academia Alma Gaúcha, capitaneada pelos amigos Rodrigo Machado e Libra Severo, te convidam para participar no dia 06 de setembro, do grande jantar-baile de formatura de fandango, que será animado pelo Grupo Coração Gaúcho. 

Informações pelo telefone de arreio (51) 8041-5872, com os instrutores ou então com o patrão Orlando Kunzler pelo fone 9638-1879. 

O Amaranto fica na Rua Celso Lemes da Silva, 520, no Jardim Algarve.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

O Correto Uso do Chapéu! ! !


Créditos: www.bombachalarga.org

Estamos nos aproximando do mês de setembro, quando vemos muitos gaúchos pilchados e usando chapéu. Eu que sou tradicionalista e de vez em quando também uso boina e chapéu, tenho constatado, que nos tempos modernos, as pessoas quando usam algum tipo de cobertura, o fazem sem se preocupar com aquelas regrinhas básicas de civilidade e boa educação que nós os mais antigos aprendemos com nossos pais.
          
Eu lembro como se fosse hoje: Eu deveria ter uns cinco anos de idade, quando meu pai presenteou-me com o meu primeiro chapéu, um rústico chapéu de palha para proteger-me do sol. Antes mesmo de me entregá-lo, ele me explicou que dentro de casa não se usava chapéu e quando eu fosse cumprimentar alguém, deveria retirá-lo. E quando cumprimentasse alguém de passagem devia levar a mão à aba, levantando-o.

Mais tarde no Exército aprendi que em recinto coberto, não se usa cobertura.

O Movimento tradicionalista Gaúcho nas suas diretrizes para as pilchas gaúchas apenas especifica qual o tipo de chapéu adequado para o gaúcho. Não versa sobre o correto uso do chapéu. Todavia quando fala de situações em que se deve demonstrar respeito, recomenda retirar o chapéu, como em solenidades em que se hasteia bandeiras e canta-se hinos.

A vinculação do chapéu com o respeito, está implícita nas atitudes do gaúcho, principalmente daqueles mais veteranos. Assim, aquilo que aprendi com meu pai, está valendo. No entanto alguns gaúchos pilchados, notadamente os mais jovens, creio que por desconhecimento, ignoram. Deduzo que o uso do chapéu em locais, momentos e circunstâncias inadequadas, só tem explicação na pura falta de informação de quem assim o faz. Pois temos que convir que um tradicionalista não tomaria nunca de forma deliberada, uma atitude que denotasse falta de educação e respeito.

Estudando os costumes de um povo, nota-se que estes são passados de geração para geração, ou de pai para filho, conforme se costuma dizer. Preocupa-me constatar que os pais não estão mais ensinando o uso correto da cobertura (chapéu, boné, gorro, boina, etc.), aos seus filhos, pois quando se perdem os sinais de respeito, é porque o próprio respeito não está mais sendo ensinado aos nossos jovens. Claro que isso não é regra geral, ainda existe famílias que preservam estes bons hábitos.
 
Cabe aos mais veteranos tentar resgatar o uso correto do chapéu (cobertura em geral). No tradicionalismo espera-se que os patrões dos CTGs e PTGs, orientem seus peões quanto a este sadio costume de usar o chapéu com civilidade e respeito.

Pesquisando na internet encontrei algumas regrinhas básicas de etiqueta para quem usa cobertura:

1.    Nunca use seu chapéu dentro de uma residência, sala de aula, restaurante, igreja ou escritório. Ao entrar num recinto desse tipo, tire-o.

2.    Carregue seu chapéu junto ao corpo quando o não estiver usando, preferencialmente com a mão esquerda, virado para dentro. Se tiver aba rígida, segure-o pela aba. Se não, segure-o pela coroa. O mais elegante é retirar o chapéu com a mão direita e passá-lo para a mão esquerda, mas pode tirá-lo com a mão esquerda diretamente.

3.    Em ônibus, bondes, saguões de hotéis, trens, pode mantê-lo. Se sentar, é melhor retirá-lo, principalmente se ao seu lado houver uma dama, mas não é deselegante mantê-lo.

4.    Ao ar livre, mantenha-o em sua cabeça, claro! É para isso que ele serve. Mas com uma exceção: se você estiver parado e acompanhado de uma ou mais mulheres, tire-o. Quando for andar, coloque-o de volta.

5.    Em elevadores a regra é parecida com a do ar livre. Pode usá-lo, mas se houver uma dama no elevador, retire-o.

6.    Se estiver em uma passagem estreita e uma dama estiver a cruzar-lhe o caminho, vire-se de lado, e levante o chapéu levemente. Quando encontrar uma conhecida na rua e for seguir caminho com ela, faça o mesmo. De novo: se o chapéu tiver aba rígida, levante-o pela aba; do contrário, pela coroa. O comum hoje é trocar beijinhos com uma moça ao encontrá-la. Se for fazê-lo, não apenas levante o chapéu, mas retire-o totalmente antes de beijá-la.

7.    Se encontrar um amigo homem, cumprimente-o levantando o chapéu o suficiente para ele ser removido de sua cabeça e, então, coloque-o de volta. Quando for beijar a mão de pais, padrinhos ou sacerdotes, convém retirá-lo totalmente, e segurá-lo ao seu lado antes de fazê-lo.

Tiro meu chapéu àqueles que concordam comigo.

Fonte! Chasque cultural gaúcho de Ibani Jorge Bicca - Um peão do Rio Grande, publicado no sítio Chasque Gaudério. Abra as porteiras clicando em http://www.chasquegauderio.blogspot.com.br/

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Levamos este chasque de fundamento para o programa Gritos do Quero Quero, no Momento da Cultura Regional, no dia 19 de julho de 2014.  

Tivemos a presença do Patrão do CTG Amaranto Pereira, o Sr. Orlando Kunzler nos estúdios e ele solicitou uma cópia deste chasque, que vaia para o mural do CTG....

Fonte! Sítio do programa Gritos do Quero Quero da Rádio Acácia FM 87,9. Abra as porteiras: www.prgramagritosdoqueroquero.blogspot.com.

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Vai começar o segundo curso de Danças de Fandango no Amaranto!



Instrutores e formandos do primeiro baile de formatura do Amaranto....
Findo com pleno êxito o primeiro curso de danças do ano no CTG Amaranto Pereira, mais um curso está com as inscrições abertas. 

Os cursos básico e avançado iniciarão no dia 27 de junho – sexta-feira, às 20h30min e 22h respectivamente. 

Contatos com os instrutores Rodrigo Machado e Libra Severo pelos fones (51) 8041-5872; 8442-5633 e/ou 3364-5883 ou pelo chasque eletrônico academia.almagaucha@gmail.com. Ou ainda com o patrão Orlando pelo fone (51) 9638-1879. 

O CTG fica na Rua Celso Lemes da Silva, 520, no Jardim Algarve.

Abra as porteiras no Facebook e veja os retratos do primeiro baile de formatura de fandango, realizado no nosso CTG. Os retratos são de Clóvis Ogando da Rocha:https://www.facebook.com/ctgamaranto.pereiramedia_set?set=a.585590394889854.100006527701762&type=3

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Jantar-baile de formatura de Fandango aqui no Amaranto Pereira!

Pois o curso de danças de fandango, que está sendo ministrado por Rodrigo Machado e Libra Severo no galpão do CTG Amaranto Pereira está bombando e  a patronagem  e os instrutores programaram o grande jantar-baile de formatura, que vai ser realizado no dia 31 de maio, e que terá a animação do Grupo Coração Gaúcho.
Rodrigo e Libra

Contatos com o patrão Orlando Kunzler pelo fone (51) 9638-1879. O CTG fica na Rua Celso Lemes da Silva, 520, no Jardim Algarve.

quarta-feira, 14 de maio de 2014

CATINGA DO JAGUARA ! ! !


Buenas Gauchada!
Vão puxando o cepo e se abancando que o Eleutério já tá com o mate cevado e a água, aquentada na chiculateira, tá no ponto.
Hoje o amargo tá loco de especial, pois o Eleutério foi no povo - pegar o INSS - depois passou no rancho do Paulinho Pires, que me mandou de presente essa gervada, da grossa, lá das bandas da Palmeira.
Eu vou empilhando a lenha ali debaixo do fogão de barro, prá ela ficar bem seca e enquanto vocês mateiam, se quiserem, vão tragueando a cachacinha que tá ali ao lado da gamela. Essa tá curtida com o butiá que eu mesmo colhi ali nas dobras da coxilha e que, há mais de mês, botei de molho na Azulzinha de Santo Antônio.
Bueno, agora dá licença que eu vou entrar na mão e aproveitando a “Charla” vou dar uma espiada nos chasques que os parceiros mandaram.
O Cândido Brasil, poeta da mais pura cepa, Presidente da Estância da Poesia Crioula avisa que estão abertas as inscrições para o 3º Concurso de Poesia gauchesca Jayme Caetano Braum; para o 3º Concurso de Causo Gauchesco Apparicio Silva Rillo e também para o 4º Concurso Literário Cristóvão Pereira de Abreu.
Ainda informa que todos os trabalhos deverão ser inéditos e enviados, exclusivamente por e-mail, até o dia 30 de abril deste ano, para o seguinte e-mail:estanciadapoesiacrioula@gmail.com.
No site www.estanciadapoesiacrioula.com.br, tu encontras todas as informações que necessitas. Passa por lá, dá uma espiadita e depois me conta, que tal?
Aproveitando o trote do flete, prá arredondar a prosa, quero dizer prá vocês que ando mais feliz que filhote de lagarto lambendo lichiguana. Isso porque, por meio da Charla de Peão, duas pessoas que há muito tempo não se viam, acabaram se encontrando.
Isso é uma barbaridade! é ou não é, tchê?
O Eleutério, que por sinal tava quieto, mas não porque tava trabalhando, e sim porque tava derrubando mais um pouco da minha embutiazada, naquele copo de massa de tomate.
Tu conhece aquele copo de massa de tomate, acinturado, que vem com o distintivo do inter e escrito embaixo Campeão do Mundo 2006?
É aquele, tchê!
E o Eleutério diz que são só dois dedos. Mas que cuera!
Pois, entonces, quando o Eleutério ficou sabendo da olada, sobre o encontro dos dois - e da minha felicidade em ter promovido esse encontro - me saiu com essa: Tu não te mete nesse assunto de encontro, tchê!
- Sai fora que é boca entaipada. Esses dois eu conheço bem e tu sabe que jaguara conhece jaguara por causa da catinga.
Quando Rosna a Guaipecada
Lhes juro que fiquei meio chapetão com o chusque do véio Eleutério, mas como eu já tava pongó mesmo, perguntei de donde ele tinha tirado esse causo.
O Eleutério, sem se fazer de rogado e mais empelegado que padre quando dá sermão, me sai com mais essa: tchê, puxa o banquito e senta aqui perto do fogo, que eu vô te contá essa lorota.
- Antes me serve um amargo e me traz mais um poquito de canha. Mas, só dois dedos, viu tchê?
Bueno, tu sabes que antes de eu ser changueiro por estas bandas, já fui carreteiro. Eu carreteava lá pros lados de Alvorada. De madrugadita, nas granjas do Passo do Feijó carregava a carreta com melancia, mandioca e batata doce, entregava uma quarteada no Passo de Canoas e, no final do dia, chegava nas Costa do Ipiranga.
De lá eu vinha, no outro dia, carregado de farinha prá entregá nos bolichos do Aníbal, do Lothário e do Frederico. Como tinha que passar a noite por lá, eu ia pro chinaredo.
Foi por lá que eu conheci os dois jaguaras. De china eles não gostavam muito, mas de truco e vinho, o Italiano gostava uma barbaridade e o Alemão se babava por um chope e por um arrasta pé.
Um dia os dois “tavum” junto e vinho vai, chope vem, a jogatina correndo solta e a poeira tapando os óios, num xote bem sacudido, os dois mais prá lá do que pra cá, resolveram montar um CTG. Pois não é que “mexero” meio mundo e fizeram o Amaranto.
Mas, como calavera é mais liso que muçum na sanga, eles inventaram os bailes. Na entrada do Amaranto tinha um cartaz dizendo que não se podia entrar de tênis. Pois sabe o que o Alemão fazia: alugava sapato na porta do salão.
As véias linguarudas contam que um dia uma guria e o namorado foram num dos bailes, que a esta altura já tavam ficando famosos, só que o rapaz não pode entrá porque tava sem sapato.
O alemão não teve dúvida. Deixou a moça entrá, carregou o namorado dela prum canto e ofereceu um calçado condizente com a ocasião. Mostrou um que não agradou, mostrou outro, outro e outro e aconteceu a mesma coisa.
De repente o bailarino viu um par de botas bem no feitio dele. O Alemão pegou o tênis e mais duzentos pilas e vendeu a bota pro namorado da prenda.
Quando passou pela porta do CTG, se sentindo um galã, ele enveredou pro lado da guria e, loco de faceiro, mostrou a nova aquisição, aí é que a muchacha teve um faniquito.
O namorado, mais aperreado que rato embretado numa guampa por causa do tal faniquito, pergunta prá moça: essa bota é tão bonita assim prá todo esse fudunço?
Ao que a namorada lhe respondeu: até que nem é bonita, mas que é a bota que o meu pai usava no dia do velório dele, ah! isso é.
As fofoqueiras também falavam do Italiano. Diziam que ele gostava de montá umas coisas. Diz que primeiro ele inventou um bolicho, depois o tal do CTG e adespos falam que ele inventou de construir uma igreja. Pois não é que a tal igreja saiu do chão.
O nome da igreja não lembro. É nome de santa, só não sei qual. Mas diz que a festa de inauguração foi de rebentá a lonca da chincha. Tinha prefeito, vereador, china - pobre e rica - borracho, vendedor de casquinha, vendedor de cd sertanejo, crente da universal, madame, brigadiano e até o padre, indicado pelo bispo, prá assumir a comunidade.
Depois de todo o palavrório, se seguiu uma churrascada ao ar livre - lógico que a carne vendida prá igreja, tu já sabe de quem é, né tchê? -  e como não podia “dexá de sê”, ensiguidita se armou um surungo. Diz que até a santa tossia com a polvadeira e por detrás da sacristia o “Intalianu” se goleava num vinacho.
Lá pelo meio da tarde o Italiano já tava dentro da guampa e assim no más, sem se esquece do seu papel de anfitrião, alçou a cola e, mesmo com o silencio repentino, saiu marcando um vanerão bagual, pros lados duma senhora mui distinta e toda emperequetada, dentro de um longo vestido negro.
Chegando bem pertito, deu uma sofrenada, mandou um bafo de vinho e se refrestelando todo, gentilmente soltou essa prá mui prendada dama: madame, me permita essa marca, prá nos se lasca num vanerão?
E a resposta veio de sopetão: Eu não danço com o senhor por três motivos. O primeiro motivo é que o senhor está podre de borracho; o segundo é que a musica que diz: sirvam nossas façanhas de modelo a toda a terra, é o Hino do Rio Grande do Sul e não um vanerão para sair dançando, como o senhor fez, no meio do salão e a terceira razão de porque eu não danço com o senhor é que eu não sou uma madame coisa nenhuma, eu sou é o padre dessa igreja.
Isso é o que dizem lá pelo Jardim Algarve. Eu não acredito. Prá mim tudo isso é lambança daquelas véia fofoquera.
Bueno tchê, depois de toda essa lenga-lenga, fiquei com a goela mais seca que vassoura de guanxuma, entonces me bota aí mais dois dedo da azulada, enquanto eu vou dá uma bombeada lá na porteira do corredor, porque eu to ovindo o rosnido da guaipecada.
Fonte! Coluna Charla de Peão, por Juarez Cesar Fontana Miranda (poeta nativista), publicada no Jornal Regional do Comércio, dos pagos da cidade litorânea de Cidreira (RS), edição do dia 24 de abril de 2014. Contatos com o colunista, mande um chasque abagualado para juarezmiranda@bol.com.br ou jornaljrcl@terra.com.br.

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                       Pois a troca do tênis por um par de sapatos, isso realmente aconteceu e eu estava na portaria, cobrando os ingressos e fazendo as obervações da indumentária da gauchada. onde de tênis, não mesmo, não entrava. E aí o "negócio" foi fechado na portaria do Amaranto....
O italiano citado no chasque é o Flávio Piassini, vizinho e amigo do contista (em Cidreira (RS)) e um dos fundadores do Amaranto. E o alemão??? Valdemar Engroff kkkkk. Mas is to é um conto gauchada amiga kkkkk

                  Abra as porteiras e dá uma camperiada.....
http://www.ctgamaranto.blogspot.com.br/2011_11_01_archive.html


                    Baita abraço 

                 Valdemar Engroff

Chasque publicado no Sítio do Gaúcho Taura. Abra as porteiras clicando em www.sitiodogauchotaura.blogspot.com.